segunda-feira, 21 de março de 2011

3 - A Guarita


imagem do atelier
teste de compactação de terra - miniatura da guariata em taipa de pilão

Certa vez, ao caminhar pelo bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, deparei-me com uma guarita de segurança que parecia estar abandonada. Comecei então a pensar nesta função anulada pela condição da própria Guarita. Estando abandonada, ela estava então fadada à ruína. Uma guarita em ruínas aponta na direção do caos...vigilância, controle e proteção virando pó!
Desta reflexão surgiu a idéia de construir uma guarita de barro, para que fosse mais rapidamente consumida pelo tempo.

Transportei toda a terra resultante da minha primeira investida contra aquele terreno para o atelier. Iniciei as experiências com a terra no intuito de criar com elas paredes. Depois de alguns testes, cheguei à conclusão que construir uma guarita de adobe poderia representar melhor todo aquele período de investigação e trabalho; um todo composto de pequenas partes. Uma guarita de taipa de pilão não representaria tão bem a passagem do tempo, já que seriam maciças as paredes.
Estava decidido - a guarita seria construída com adobes feitos com minhas próprias mãos, com a terra de um buraco que eu cavei. Sendo assim o corpo desta guarita assumiria as proporções  do que o meu corpo seria capaz produzir durante um intervalo de tempo.




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